Um LGBT+ morreu a cada 20 horas no Brasil em 2018; Confira relatório
Conforme os dados da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA) o Brasil ocupa o primeiro lugar em homicídios de LGBTs nas Américas. É também o país que mais mata travestis, mulheres transexuais e homens trans do mundo, segundo a organização não governamental Transgender Europe (TGEU).
O levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) revela que em 2018 ocorreram 420 mortes LGBTs+.
Concluiu-se então, que em 2018, a cada 20 horas um LGBT foi morto ou cometeu suicídio no Brasil. O relatório ressalta que que dados internacionais explicitam que o Brasil mata mais LGBTs que em países onde existe a pena de morte para homossexuais, como no Oriente Médio. A relação do Brasil com os Estados Unidos é citado também. O país que possui 330 milhões de habitantes, tem em média, a morte de 28 transexuais por ano. Já no Brasil com 208 milhões de habitantes, morrem cerca de 164 transexuais por ano.
Nos dados é possível verificar que dos 420 LGBTs mortos no Brasil em 2018:
- 45,5% são gays;
- 39% são trans;
- 12,5% são lésbicas;
- 1,9% são bissexuais e
- 1,2% são heterossexuais.
Os últimos “heterossexuais” estão inclusos pelo fato de morrerem por LGBTfobia, mesmo que héteros, foram confundidos com LGBTs e outros por alguma ocasião, saíram em defesa dessa população e foram assassinados.
A maior parte das violências é por conta de homicídios, que totalizaram 72%, o que representa 320 casos dos 420. A ocorrência de suicídios fica em segundo lugar, com 100 casos – 24% do total. Comparando com 2017, foram registradas 445 mortes.
Perfil das vítimas
Conforme dados do Grupo Gay da Bahia, 11% dos LGBTs vítimas eram menores de idade. Um deles foi um pré-adolescente de 12 anos, a vítima mais jovem nas pesquisas. Ele cometeu suicídio por sofrer bullying. 3,8% dos casos são de idosos, como um senhor encontrado morto aos 73 anos em seu apartamento em Salvador (BA). A maioria das mortes é de pessoas entre 18 a 25 anos, que correspondem a 29%. 58,4 %, das vítimas eram brancos enquanto as negras somaram 12,3% e as pardas 29,3%.
O relatório População LGBT morta no Brasil – 2018 pode ser acessado no site do Grupo Gay da Bahia.
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